As perspectivas das cidades inteligentes, humanas e sustentáveis é tema de webinar na Rede UniFTC

As perspectivas das cidades inteligentes, humanas e sustentáveis é tema de webinar na Rede UniFTC

Apesar de ser um tema relativamente recente, o conceito de cidades inteligentes (Smart City) já se consolidou como assunto fundamental discutido no mundo para a conquista de um desenvolvimento sustentável. Quais as perspectivas das cidades inteligentes, humanas e sustentáveis? O que é uma cidade inteligente e o que faz? O uso estratégico de infraestrutura, serviços, informação e comunicação tem sido prioridade nas gestões urbanas das cidades que pretendem ser consideradas inteligentes (Smart City), informou a arquiteta e Mestre Profissional em Arquitetura e Urbanismo, Aline Gonçalves, durante o webinar promovido pela Rede UniFTC. 

“Quando falamos de cidade inteligente, estamos num tripé: capital humano, governança e tecnologia. São cidades comprometidas com o desenvolvimento urbano e a transformação digital sustentáveis. Um sistema inteligente que visa dar respostas às necessidades econômicas e sociais, atuando de forma planejada, inovadora e inclusiva, em seus aspectos econômicos, ambiental e sociocultural e sempre visando a melhoria da qualidade de vida”, disse. 

De acordo com Aline, no Brasil já existe a Smart City Laguna, no Ceará, perto da capital Fortaleza e também em Natal, com conectividade, espaço público, coleta de lixo e mobilidade. De acordo com o Ranking Connected Smart Cities 2020, que mede o nível de inteligência das cidades, São Paulo é a cidade brasileira mais inteligente do país. Na região Nordeste, Recife é considerada cidade mais inteligente e Petrolina ficou classificada na 18ª posição entre cidades médias, com 100 a 500 mil habitantes. 

O Ranking Connected Smart Cities é realizado desde 2014 e tem o objetivo de mapear as cidades com maior potencial de desenvolvimento no Brasil,através de indicadores econômicos, sociais e ambientais.

Existem algumas dimensões que indicam o nível de inteligência do município baseado em eixos como Educação, Tecnologia, Urbanismo, Saúde, Mobilidade, Economia, Emprego. “Uma cidade inteligente possui taxa de emprego alta, possui ciclovia e estímulos para transporte público, reduzindo o uso do transporte individual. Nos ambientes escolares, o aluno precisa ter computador com uma conexão rápida e eficiente. As cidades devem ter espaço público para lazer, além de segurança e respeito ao meio-ambiente. Uso estratégico, para que não haja desperdício, como o uso de postes para controle do tráfego e lâmpadas inteligentes visando mais economia”, destacou a especialista. 

Aline sinalizou a importância das pessoas terem consciência ambiental e educacional. “Cidadãos inteligentes para cidades inteligentes. A mudança inicia em cada um. Separe o lixo orgânico do seco, economize água, use menos o carro. Quanto mais o arquiteto atua como um cidadão, com atitudes cuidadosas, mais cidades inteligentes são construídas”, considerou a especialista Aline Gonçalves. 

Atualmente já existem estratégias para testar iniciativas urbanas com games, através de apps urbanos. “As pessoas propõem soluções variadas e o joguinho, através de uma gestão compartilhada, pode conseguir ideias inovadoras que contribuem com o desenvolvimento da cidade ou de um bairro. Existem Smarties Cities com contribuições para prevenção e combate ao coronavírus, com o uso de drones de vigilância com inteligência artificial. O equipamento aplica regras de distanciamento, monitora o uso de máscara e entrega de suprimentos médicos. O mundo já está conectado e esta é uma tendência maior ainda no futuro”, concluiu a arquiteta.