Fisioterapia ajuda na reabilitação de pacientes que realizaram cirurgia de retirada da mama

Fisioterapia ajuda na reabilitação de pacientes que realizaram cirurgia de retirada da mama

O câncer de mama é a doença neoplásica mais comum entre as mulheres e, de acordo com previsão do Instituto Nacional do Câncer (INCA), deve acometer cerca de 60 mil brasileiras em 2019. Em algumas situações, é indicada a mastectomia, cirurgia de remoção das mamas, que pode ser parcial, total ou radical, quando até os linfonodos (gânglios linfáticos) presentes nas axilas precisam ser retirados.

O procedimento geralmente vem acompanhado de outras complicações como infecções, lesões nervosas, dor, fraqueza no membro envolvido e disfunção articular no ombro. Foi exatamente o que aconteceu com a operadora de caixa Jéssica Magalhães. Após a ressecção de um câncer diagnosticado em 2016, a jovem de 31 anos passou a sentir dores no ombro e dificuldade para movimentar o braço direito. “Levantar os braços, escovar os dentes e estender roupas era muito doloroso”, lembra. Nesses casos, a orientação médica é a realização da fisioterapia.

De acordo com Iza Maciel, fisioterapeuta e professora da Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC), é importante que a paciente submetida a mastectomia radicais seja acompanhada por um especialista desde o pós-operatório para acelerar a recuperação e evitar sequelas irreversíveis. “Esses primeiros momentos são importantes para a reabilitação. É preciso orientar a paciente sobre os cuidados com o membro operado e a importância de realizar exercícios que contribuam para a recuperação e manutenção dos movimentos, isso ajuda na diminuição da dor, além de manter a circulação linfática”, explica.

Embora soubesse sobre a importância da fisioterapia, Jéssica ressalta que não encontrou em nenhum lugar um atendimento humanizado. “Eu sabia que precisava fazer, mas sentia falta de um atendimento diferenciado, onde eu me sentisse acolhida e as pessoas se importassem com a minha situação”, declara a operadora de caixa, que diz ter mudado de opinião depois iniciar o tratamento na Clínica-Escola de Fisioterapia da FTC. “Há seis meses, tenho sido acompanhada por uma equipe da clínica que tem toda a paciência do mundo. A gente percebe que eles fazem tudo com muito carinho e eu me sinto muito feliz e à vontade com eles”, diz ela que já recuperou os movimentos do braço e viu as dores desaparecerem.

Jéssica é uma entre as dezenas de pessoas que são atendidas todas as terças e quintas-feiras por uma equipe multidisciplinar composta por fisioterapeutas, psicólogos e nutricionistas que fazem parte do Projeto de Extensão Multidisciplinar Aplicado à Saúde da Mulher e do Homem. O projeto tem como objetivo elevar a autoestima dos pacientes com problemas relacionados às disfunções urológicas, obstétricas ou que passaram por procedimentos como o de Jéssica.  “Nosso objetivo é mostrar a esses pacientes que é possível ter uma vida completamente normal”, revela Iza Maciel.

O atendimento é gratuito e os interessados podem agendar uma avaliação através do telefone (71) 3281-8187. Os inscritos passam por um processo de triagem para a identificação dos problemas e do tratamento a ser seguido.

VII SIMPÓSIO DE FISIOTERAPIA: SAÚDE DA MULHER

O tratamento fisioterápico para pacientes como Jéssica será tema nas palestras “Alterações musculoesqueléticas pós câncer de

mama” e “Linfedema: como evitar”, ministradas, respectivamente, pelos fisioterapeutas Everton Carvalho e Ivana Cedraz. As apresentações fazem parte da programação do VII Simpósio de Fisioterapia da FTC, que este ano tem como tema central Saúde da Mulher e acontece nos dias 31 de maio e 01 de junho, no campus Paralela.

Outros temas também estão no escopo do Simpósio, a exemplo das palestras “Realidade virtual na reabilitação dos músculos do assoalho pélvico”, ministrada pela fisioterapeuta Adriana Saraiva, “Benefícios da acupuntura na fertilidade feminina”, realizada pela fisioterapeuta e acupunturista Josimeire Bonfim e “A influência das crenças limitantes e bloqueios emocionais na atividade e satisfação sexual feminina” que contará com a apresentação do neuropsicólogo Janilton Andrade.  As palestras serão realizadas no sábado, 1º, das 8h às 17h.

Já no dia 31 de maio, os inscritos terão a oportunidade de participar dos minicursos “Avaliação e tratamento da cicatriz” e “FNP em pacientes oncológicos”, sob a orientação dos fisioterapeutas Jorge Tavares e Thainá Vieira. Para as oficinas as vagas são limitadas e acontecem das 18h30 às 21h30.

As inscrições podem ser realizadas até o dia 27 de maio, através do link http://bit.ly/VIISimposiodeFisioterapiaFTC ou na Clínica-Escola de Fisioterapia da FTC, das 8h às 19h. O investimento é de R$ 20 (vinte reais).

|SERVIÇO|

VII Simpósio de Fisioterapia FTC

Quando: 31/05 (mini-cursos) e 01/06 (palestras)

Onde: FTC Campus Paralela
Inscrições: até 27/05, através do link: http://bit.ly/VIISimposiodeFisioterapiaFTC ou na Clínica-Escola de Fisioterapia da FTC, das 8h às 19h.