Fome Emocional ou Fome fisiológica?

Fome Emocional ou Fome fisiológica?

A queixa é geral: inúmeras pessoas admitem que estão comendo de forma descontrolada durante o período de distanciamento social. Algumas dizem que passam o dia todo comendo, outras contam que comeram o que estava reservado para o mês todo  em 24 horas. O problema não é exatamente o aumento no número de refeições. Outros fatores precisam ser considerados! Por isso, a UniFTC Vitória da Conquista convidou a nutricionista Gabriela Madureira e o psicólogo Antônio Figueredo para conversar sobre a questão numa live do projeto “Todo dia é dia de Live” da Rede UniFTC, realizada na última sexta-feira, 24/04.

O professor Antônio propôs uma reflexão sobre o significado que damos aos alimentos. Ele afirma que o comer sacia não só o nosso corpo, mas também nossa alma: “A comida tem uma representação simbólica muito forte e preenche vários vazios da nossa vida”.

Desse modo, o contexto de distanciamento social pelo qual estamos passando, de muitas faltas e privações, está contribuindo para esse consumo impulsivo. A nutricionista explica que “a ansiedade e o estresse acabam aumentando alguns hormônios que estão relacionados ao apetite, como, por exemplo, o cortisol que eleva o hormônio grelina, que vai fazer com que a pessoa tenha maior apetite”. De acordo com Gabriela, a depender do estado emocional, o indivíduo “poderá fazer escolhas que podem não ser tão benéficas para o organismo”.

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Nota-se, então, uma baixa qualidade nutricional dos alimentos, uma ingestão apressada,  intervalos irregulares, sentimento de culpa e ausência de saciedade. Quanto a esse último ponto, a nutricionista esclarece que o centro de saciedade demora pelo menos 20 minutos para ser ativado numa grande refeição. “Por isso, que nós, nutricionistas, recomendamos comer devagar, mastigar bem o alimento, porque facilita a digestão e dá tempo de ativar o centro de saciedade”, disse Gabriela.

A professora acrescenta ainda outras características da fome emocional: ela apresenta-se de forma urgente e súbita, com desejos específicos. Já a fome físiológica, vem de forma gradual e é possível adiá-la: “Se não der para comer naquele momento, tudo bem! E qualquer alimento serve!”, destaca Gabriela. 

Seguindo esse pensamento, a nutricionista apresenta a escala a seguir:

O ideal, segundo ela, é nos manter entre os níveis 5 e 6. Para isso, a nutricionista recomenda seguirmos 10 princípios:

  1. Rejeitar a mentalidade de dieta
  2. Honrar a fome
  3. Fazer as pazes com a comida
  4. Desafiar o policial alimentar
  5. Descobrir o fator de saciação
  6. Lidar com as emoções sem usar a comida
  7. Respeitar o corpo
  8. Exercitar-se
  9. Honrar a saúde
  10. Praticar a nutrição gentil

Professor Antônio finaliza a discussão com a seguinte mensagem: “Não é a comida, é a relação que você tem com você e com a comida!”.

Todo dia é dia de live na UniFTC 

A transmissão online feita pelos professores Gabriela Madureira e Antônio Figueredo  faz parte da programação de lives que estão sendo oferecidas diariamente pela Rede UniFTC. Através do projeto Todo Dia é Dia de Live, a instituição e está trazendo docentes de todas as áreas para abordar temas relativos à pandemia a partir de perspectivas diversas. 

As lives acontecem de segunda à sexta-feira, exceto nos feriados, na página oficial da instituição no Instagram – @uniftc. Confira a programação completa do mês e se programe!