Manter o físico da pessoa idosa ativo é sinônimo de fomento à saúde, afirma especialista

Manter o físico da pessoa idosa ativo é sinônimo de fomento à saúde, afirma especialista

Inseridos no topo do grupo de risco de morte por Covid-19, os idosos foram os primeiros a receber recomendações expressas para se manterem em isolamento. Tudo bem que o intuito é preservá-los de um potencial contágio pelo novo coronavírus, mas se pensarmos nas recomendações médicas de praticarem atividades físicas para não sucumbir ao sedentarismo, o que fazer em prol dos mais velhos?

A mestra em fisioterapia geriátrica e professora da UniFTC, Adriana Oliveira, fez uma live na tarde desta terça-feira (16) falando sobre a importância de estimular os idosos a praticarem exercícios físicos, uma vez que, nessa fase de isolamento social, essas atividades estão sendo deixadas em segundo plano.

“As pessoas que convivem com seus idosos precisam saber como agir nessa pandemia no que se trata do incentivo à atividade física. Como fisioterapeuta posso afirmar que esse não é um esforço só nosso. Manter o físico da pessoa idosa ativo é sinônimo de fomento à saúde. Aí vem a pergunta: como posso fazer isso se não sou um profissional? Digo: use a escada da sua casa. E para quem não pode subi-la? Use o corredor. Se a sua casa é pequena, dê a volta nela, nem que seja 10 vezes! O importante é se movimentar e não aderir ao sedentarismo imposto pelo isolamento social”, destacou Adriana.

Já caminhamos para o terceiro mês de confinamento e, segundo a especialista, isso causa um impacto negativo para o idoso que se mantém ativo. Nesse meio tempo uma perda de força ocorre na musculatura por conta da sua falta de exercícios físicos. A fisioterapeuta diz que “essa interrupção nas atividades é bem nociva podendo causar até mesmo danos psicológicos, como ataques de ansiedade e depressão, por exemplo”.

Sobre os atendimentos fisioterapêuticos, Adriana Oliveira seguiu dizendo que analisar o perfil de cada indivíduo ajuda a entender também as suas limitações, pois o idoso está em uma condição física muito mais vulnerável que a nossa. Apesar de muitos deles possuírem o pensamento jovial para algumas ações, seu corpo já não os obedece mais, como em outros tempos.

“Temos vários perfis de idosos, cada um com suas limitações, uns com mais, outros com menos restrições. Mas o importante analisar a história de cada um. Aquele idoso que nunca praticou uma atividade física, por exemplo, precisa de uma orientação mais refinada, para que ele não corra o risco de lesão. Já o idoso que tem um histórico locomotor  mais ativo, consegue avançar com muita tranquilidade no tratamento fisioterapêutico até mais intenso. Sob um prisma profissional, é fundamental perceber o perfil de cada indivíduo para elaborarmos estrategicamente a sequência de exercícios que vamos usar como estímulo”, completou a professora.

Adriana afirmou que uma visão macro da pessoa idosa é essencial para o êxito no tratamento. A análise da condição neural, estrutural, intestinal, cardiopulmonar e até mesmo da pele precisa ser considerada para o ajuste preciso dos movimentos. Ela complementou falando também da importância de conhecer de perto os seus pacientes.

“Nesta época pandêmica realizo muitos atendimentos virtualmente, mas é necessário conhecer previamente o seu paciente idoso. No meu caso, vou até ele, com todas as medidas de seguranças tomadas, mantendo a higiene, e com o emprego de todos os EPI’s, visando perceber as suas limitações. Este conhecimento macro é determinante para a continuidade das sessões virtuais e para traçar as estratégias dos exercícios”.

Para finalizar, a mestra em fisioterapia geriátrica deu dicas para as pessoas ajudarem os seus velhinhos a manterem o bem estar. “Treinar a respiração profunda é muito importante. Inspirar e expirar profundamente trabalha a expansão de pulmão e os músculos respiratórios; isso sem falar nas práticas dos alongamentos, que são indispensáveis para a elasticidade muscular promovendo mais movimentos para toda a estrutura corporal”, salientou Adriana Oliveira.

Todo dia é dia de live na UniFTC

A transmissão online feita pela professora Adriana Oliveira faz parte da programação de lives que estão sendo oferecidas diariamente pela Rede UniFTC. Através do projeto Todo Dia é Dia de Live, a instituição está trazendo docentes de todas as áreas para abordar temas a partir de perspectivas diversas.

As lives acontecem de segunda a sexta-feira, exceto nos feriados, na página oficial da instituição no Instagram @uniftc.