Em celebração ao Novembro Negro, mês dedicado à reflexão, comemoração e movimentos voltados à cultura afro-brasileira, as faculdades UniFTC de Petrolina e Juazeiro transformaram-se em espaços de diálogo, expressões artísticas, debates, aprendizado, promoção da igualdade racial e da cultura afrodescendente. A iniciativa, que se estendeu por dez dias em homenagem a Zumbi dos Palmares, símbolo da resistência negra no Brasil, foi aberta ao público interno e externo, atraindo alunos, professores, profissionais renomados e colaboradores da instituição. 

Diversos nomes participaram da programação dedicada à Consciência Negra, incluindo o historiador Thiago Fernandes, as psicólogas Jonalva Paranã e Cinthya Leal (esta última, ex-aluna do curso de Psicologia da UniFTC de Petrolina), e a professora Dra. Márcia Guena dos Santos, renomada pesquisadora de questões étnico-raciais, comunidades quilombolas e religiões de matriz africana no submédio São Francisco.

 A estudante de Psicologia, Maria Emília dos Santos, comentou sobre a importância desses momentos, ressaltando o preconceito existente no Brasil em relação à cor da pele e questões sociais. Segundo ela, mesmo que um indivíduo negro tenha melhores condições, a sociedade ainda o enxerga de maneira velada, julgando-o pela cor da pele, cabelo, posse de carro e vestimenta ao chegar em locais desconhecidos. 

Ana Laura Souza, estudante do curso de Enfermagem, acredita que o tema da Consciência Negra deve ser lembrado o ano todo, pois o preconceito ainda é predominante na população. Ela destaca que o Dia da Consciência Negra não é apenas um feriado, mas uma data que deve permanecer viva para que os movimentos e lutas da população negra não caiam no esquecimento, especialmente para os futuros profissionais de saúde.

O diretor Andrei Mello reforça o compromisso da instituição com a diversidade, destacando a importância da valorização das diferentes origens culturais e sociais. “A UniFTC continuará sendo um ambiente inclusivo, colaborativo e que valoriza o desenvolvimento integral dos acadêmicos,” concluiu.

A iniciativa foi liderada pelos colegiados de Enfermagem, Direito, Arquitetura e Urbanismo e a Liga Acadêmica de Psicologia e Saúde Mental (Lapsm – UniFTC). Contou com o apoio dos cursos de Nutrição, Farmácia e Fisioterapia. Até a próxima segunda-feira (27), a exposição “Afrobrasilidade” permanecerá em exibição  na UniFTC de Petrolina, das 8h às 21h, exceto no final de semana. A mostra apresenta registros fotográficos realizados por professores da UniFTC e pelos estudantes do curso de Arquitetura e Urbanismo.