Na noite desta segunda (6), a UniFTC realizou a primeira edição de um curso de extensão que começou a destrinchar a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) para os alunos do curso de Fisioterapia da instituição. O objetivo da atividade é mostrar a importância da sua aplicabilidade na rotina dos futuros profissionais desta área. 

Há algumas décadas, a Organização Mundial de Saúde (OMS) criou a CID, sigla presente nas fichas médicas, quando realizamos exames ou consultas. A CID nada mais é do que a Classificação Internacional de Doenças. Mas e a CIF, você já ouviu falar? Trata-se da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde. Esta nova sigla passa a fazer parte da “Família Internacional das Classificações” da OMS, tendo como premissa avaliar o indivíduo de forma ampla e individualizada seguindo o modelo bio-psico-social. 

A fisioterapeuta e professora da UniFTC, Fabiana Palma, falou sobre como é essencial o uso desta classificação no tratamento dos pacientes. “A CIF é um divisor de águas na avaliação do paciente, pois ela proporciona uma avaliação completa, considerando todo o seu contexto familiar, psicológico, físico e clínico”, explica. “Antes de me aprofundar na CIF eu já era especialista em Fisioterapia Respiratória e qualquer coisa relacionada ao assunto era muito fácil para mim. Mas há cerca de 3 anos, vi a necessidade de aprender sobre esta classificação, e hoje tenho uma relação de amor com este assunto”, destaca  Fabiana Palma.

A professora não fala sobre a CIF à toa. Dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) realizada em 2013 mostram que a prevalência de hipertensão arterial sistêmica (HAS) auto relatada foi de 21,4% (2). E é aí que a CIF atua. Tão importante quanto saber qual a prevalência das pioras no estado de saúde das pessoas, como faz a CID, é saber também quais são os fatores globais que estão envolvidos no cotidiano do indivíduo, como as suas atividades, participações, fatores pessoais e também ambientais. Ou seja, não são considerados somente fatores biológicos como os mais importantes. Esta é uma das principais inquietações da CIF.

A monitora e também aluna do curso de Fisioterapia do 10.º semestre, Iolanda Oliveira, reforça a necessidade do uso da CIF. “A importância da CIF para o fisioterapeuta é essencial para o diagnóstico assertivo do paciente. Por perceber essa grandiosa importância, resolvi colocar a CIF como o meu tema de meu TCC, pois esta classificação adota os fatores ambientais e pessoais como critério de observação do profissional de fisioterapia. É muito mais sensível ao paciente. Dessa forma podemos ter uma precisão significativamente maior nos nossos diagnósticos”, relata.

O curso de extensão sobre a CIF na UniFTC vai até o mês de dezembro. Ele será realizado por meio de aulas teóricas que trará como base a discussão de casos clínicos no formato síncrono (aulas ao vivo) e assíncrono (aulas gravadas).

Agora que sabemos a importância da CIF quando se busca alcançar índices de assertividade muito maiores em um tratamento, não temos porquê não acatarmos a mensagem da professora Fabiana Palma. “Aprender nunca é tarde, e quanto mais cedo você aprender, um melhor profissional você será. Por que esse curso deve existir? Para promover a saúde! Não tem como ser um fisioterapeuta e não utilizar a CIF, afinal, somos agentes da promoção da saúde!”, conclui.