Comunicadores debatem as estratégias de produções audiovisuais em tempos de pandemia durante palestra virtual na UniFTC

Comunicadores debatem as estratégias de produções audiovisuais em tempos de pandemia durante palestra virtual na UniFTC

[vc_row][vc_column][vc_column_text]“Nada é permanente, exceto a mudança”, já dizia o filósofo persa Heráclito de Éfeso, que não faria a mínima ideia que, em pleno século 21, estaríamos vivendo uma pandemia que obrigaria toda a humanidade a se reinventar, não só no seu estilo de vida pessoal, como também em diversos setores profissionais, inclusive no setor da produção audiovisual.

Esse foi o tema do debate realizado na noite da última sexta-feira (14) pelos professores dos cursos de Comunicação da Rede UniFTC, Gildon Oliveira, Lucas Ravazzano e Reginaldo Gonçalves, durante a programação de boas-vindas promovido pela Instituição.  Com o tema “Estratégias de produções audiovisuais em tempos de pandemia”, eles falaram  do cenário acadêmico, mas também abordaram trabalhos que são produzidos para a grande massa.

Já no início da conversa, o professor Gildon Oliveira explicou que as produções audiovisuais sofrerão uma mudança muito brusca por conta da pandemia, mas que não será fácil achar respostas de como agir nessas circunstâncias, uma vez que o setor audiovisual já não contava com o apoio financeiro necessário há algum tempo.

 “Antes do Coronavírus, já passávamos por dificuldades no campo do audiovisual. Com o atual cenário de desfavorecimento das políticas públicas para a área, a pandemia foi somente mais outro fator agravante. É importante saber que não há uma resposta precisa para a crise enfrentada no setor. É uma situação nova para todos e a gente precisa se reinventar sempre. A sensação é de estar trocando um pneu com o carro andando”, diz Gildon.

O professor Lucas Ravazzano comentou como a falta deste apoio prejudica as pessoas que trabalham na área. “Apesar do atual governo não favorecer a produção do audiovisual, os anteriores também não fomentavam o setor como deveria ser feito. Para nós, que produzimos na área, precisamos repensar as cenas, pois a realidade é de não poder encher um estúdio, primeiro por conta do Covid-19 e segundo por conta do orçamento. Essa coisa de fazer cenas com 10, 20 figurantes não vai mais existir, mas mesmo sem dinheiro e sem recursos precisamos enfrentar esse desafio e entregar trabalhos de qualidade.

Possíveis Mudanças

Mesmo com um panorama completamente desfavorável para o setor audiovisual, seja por falta de investimento do Estado ou por conta da pandemia, o professor Reginaldo Gonçalves diz que mudar o modus operandi se faz mais que necessário e traz o campo educacional para o debate.

“A palavra é resiliência. Precisamos entender como o nosso cenário está para saber como agir. Até no campo educacional – nós, professores, precisamos nos reinventar. A tecnologia está aí e o domínio técnico do equipamento e dos programas oferecidos são grandes aliados na produção do audiovisual, com pandemia ou sem pandemia. Vivemos em uma era onde conseguir a informação é muito fácil, mas precisamos entender que isso vai além do nosso empenho; vamos precisar muito que o aluno se esforce conosco para passarmos por esta época juntos”, declara Reginaldo. O professor defende ainda que a busca de informações através de inúmeros recursos online pode resultar em uma grande produtividade e aproveitamento.

Lucas Ravazzano complementa dizendo que “é o momento de pensarmos em outras formas de expressão, como a animação, por exemplo. As animações 2D e 3D que são feitas em computador são uma grande opção de inovar o pensamento da produção audiovisual. Em algumas disciplinas, como Documentários, conseguimos passar atividades que usem somente imagens de arquivo e narração. Claro que não vamos poder ter o manejo de alguns equipamentos como microfone, câmeras e tal, mas nosso esforço é para preservar ao máximo das funções e atividades práticas que precisam ser trabalhadas nas disciplinas dessa natureza”.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]